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Mostrando postagens de 2015

Um retrato da educação municipal segundo resultados da Avaliação Nacional da Alfabetização (PARTE I)

Enquanto as pessoas estão preocupadas em definir a melhor chapa de prefeito para o ano que vem, eu fico pensando em soluções para os problemas da cidade. Quais problemas? Um deles envolve a qualidade da educação. Essa é minha área e falo dela com muita tranquilidade e sem receio. O INEP divulgou os resultados da Avaliação Nacional da Alfabetização os quais apresentam um quadro preocupante para o Brasil, como o próprio ministro o disse, tendo em vista que 57,07% das crianças brasileiras avaliadas tiveram desempenho insatisfatório ficando no nível 1 de uma escala que vai até 5. A meu juízo, os dados são preocupantes para Santa Luzia porque indicam um retrocesso dos pequenos avanços que tinham sido conquistados. Começo pelos dados referentes a censo e a situação geral das escolas. Elaborei essas tabelas, a partir dos dados do INEP, para que nós pudéssemos comparar Santa Luzia com ela mesma e também com   as escolas estaduais que foram avaliadas, bem como com a média de todas as

Tempo de homens partidos

Belo texto do Carlos Drummond de Andrade que está na sua magistral obra "A rosa do povo". Este é tempo de partido, tempo de homens partidos. Em vão percorremos volumes, viajamos e nos colorimos. A hora pressentida esmigalha-se em pó na rua. Os homens pedem carne. Fogo. Sapatos. As leis não bastam. Os lírios não nascem da lei. Meu nome é tumulto, e escreve-se na pedra. (...) Quer conhecer  o restante do poema? Disponibilizo o link para baixar e ler a obra completa clique: A ROSA DO POVO .

Os merecidos parabéns a Luiz Bento

O silêncio perante os dez anos de reconhecimento da extensão urbana da Comunidade Quilombola do Talhado e dos onze do reconhecimento da área rural foi quebrado nesta terça feira com uma "chuva" de parabéns no facebook ao Luiz Bento que se apresentou no Programa Máquina da Fama do SBT ontem. Escrevo mais este post sobre Nuna para registrar os meus votos de parabéns. Tenho acompanhado e divulgado a carreira dele destacando o lançamento dos seus CD's, sua participação no São João da Campina FM etc. Parabéns, Nuna! Pelo esforço próprio e com a ajuda de alguns que investiram no seu talento conseguiu levar sua mensagem ao Brasil inteiro. Muito mais que um cover do Luiz Gonzaga, Nuna - peço licença ao conceito classico - é um verdadeiro tenor do sertão que atualiza a obra do velho Lula que cantou muito bem as coisas da nossa terra. Em meu documentário Nuna disse: "a música vem desde o início"! Imagino a figura do Ciço Bento nas animadas festas daque

O que os governos Umberto Marinho e Antônio Ivo têm a nos ensinar?

Os governos de Dr. Umberto e Dr. Antônio Ivo têm muitas diferenças. Primeiro porque ocorreram em contextos históricos diferentes. Um foi na década de 1990 e o outro na década de 2000. Entre os dois, a morte de Itó e o rearranjo político local. Umberto era do PFL (Hoje Dem). Antônio Ivo era do DEM, “só que pelo PTB”...  Há entre eles um ponto em comum: foram apoiados por Ademir e Efraim. E, muito mais que apoiados, foram governos que seguiram fielmente a cartilha dos seus apoiadores. Umberto foi mais subversivo. Por mais boa vontade que os dois tivessem de fazer uma administração diferente, não conseguiram porque as regras da cartilha são muito claras e os mecanismos de controle são mais que perfeitos.  Amarguraram não ter condições de disputar a reeleição para concluir seus projetos e foram logo substituídos por uma gestão de sague Morais. Apesar de serem dois governos de contextos diferentes, sobre eles recaiu a mesma prática: os Morais saem do governo, mas conseguem mante

Ariano Suassuna relata sua passagem por Santa Luzia; Veja o vídeo

No campo da cultura, Ariano Suassuna foi um dos paraibanos mais notáveis. Natural de Taperoá e radicado em Pernambuco, Ariano foi escritor, teatrólogo, eleito membro da Academia Brasileira de Letras  e atuou policamente como Secretário de Cultura de Pernambuco. Faleceu recentemente. Seu pai, João Suassuna, foi Governador da Paraíba. Ariano Suassuna viajava o Brasil inteiro com as chamadas aulas-espetáculo nas quais falava sobre cultura popular destacando os valores e as tradições da Paraíba. Em uma destas aulas, proferida no SESC São Paulo em 30 de abril de 2011, ele falou sobre a sua participação em uma cantoria aqui na cidade de Santa Luzia. Ele citou este fato para mostrar a capacidade dos poetas populares, no caso os cantadores de viola, de lidarem com temas embaraçosos, mas sem perder o que é belo: a poesia.  Selecionei o trecho em que ele faz esse relato para que possamos tomar conhecimento, veja:

Anedotas políticas que nunca levaram Santa Luzia a lugar nenhum

Santa Luzia, como inúmeras cidades brasileiras, não está isenta de ter a política permeada de anedotas e de ter suas lideranças identificadas por apelidos pitorescos como a “baraúna”, a “soda preta” ou o “biscoitão” .  As campanhas já foram muito animadas porque, em meio a tensão da disputa pelo voto, as atividades também tinham seu lado cômico. Os arrastões realizados no sábado de manhã na feira, os comícios com bons oradores, cantadores de viola que se apresentavam com motes que insultavam o candidato. Quem não se lembra das charangas? Os mais jovens como eu não presenciaram períodos em que se arrastava troncos de baraúna pela cidade; em que se comia soda ou que se distribuía biscoito nas passeatas. A questão da subida da rampa do hospital que remonta ao tempo em que havia um prefeito chamado dr. Ney. A famosa passeata da mentira. A comparação dos arrastões e a contagem dos carros na carreata. Cada um desses elementos simbólicos indicava a filiação ideológico-partidária e

A permanência no poder e a tragédia previdenciária

por Kildare de Medeiros Gomes Holanda [1] O discurso novo se estabelece com velhas práticas na municipalidade. Há mais de três décadas Santa Luzia repousa sobre uma réplica de administração que não se renova, apenas repete fórmulas políticas desgastadas. Reúne a fragilidade de quem, sem projeto e planejamento estratégico, robustece a história apenas com a permanência . Permanecer: esse é o lema, porque de resto as consequências, sabe-se, repousa nos ombros frágeis da população. A última década administrativa fala com muita propriedade da falta de conexão com a moralidade, a eficiência e o caminho de bom resultado administrativo-democrático. Descobre-se com o passar do tempo que o único projeto a ser executado são aqueles planejados e financiados pelo Governo Federal. Se a administração municipal caminhar politicamente com a Presidência da República, enaltece-a; se oposição, usa suas plataformas de planejamento para o município e escarnece quem está a frente do poder central